quarta-feira, setembro 12, 2007

..:: At3 k'A m0R7e n0S S3p4Re ::..

roubast.me o sono
profanast.me o deskanso
alterast-me a efeméride e obrigast.me a (sobre)viver mais um pouco
vejo por horas o fim..
invadist-me o peito
e arrancast-me o coraxao
vejo-o bater na tua mao
vejo por horas o fim
sinto.me perder o pulso na tua mao
nao m sentes perecer perante ti?
devolve.me o [agora] teu coraxao
e deixa-me voltar á vala de k me tirast
da-me uma data de validade
da-me um prazo de vida
e
deixa-me voltar á vala de k me tirast
k um dia m acolheu e aconxegou
levo dias sem dormir nem repousar
nao m sais da cabexa
nao m das deskanso
comexo a alucinar
estas aki diante de mim
bjas-me, lembras.t
es tu kem m beija no teu sonho
e eu, sou apenas uma marioneta na tua mao
sinto.me perder o pulso na tua mao
delirio.
tu diant d mim a bjar.me......
e a ir embora.
alucinação.
tu diante de mim......
e a ir embora.
loucura.
tu diante de mim.
por todo o lado.
o meu amor na tua mao.
a bater.
o meu amor na tua mao.
acaba com ele ou deixa-o amar.t
acaba com ele ou deixa-o bater na tua mao
ate parar.
ate deixares de o sentir bater
ate k a morte nos separe.
delirio... o desejo. tu. amor. nos.
alucinaçao... o desejo. tu. amor. nos.
loucura... ate k a morte nos separe.

..:: s!l3nC!0 ::..

O silêncio que me responde numa lingua materna e carinhosa, interpreto-o do mesmo modo que o silêncio que me não responde ou responde em todas as linguas que desconheço. Ininteligivel. O silêncio é profundo e o profundo afoga - mata. O silêncio é azul. Como a paisagem que descubro num novo dia-a-dia. Mistura ingremes falésias, que morrem no fundo de um azul belo e profundo, com a linha do horizonte, que divide dois infinitos que se limitam num ponto infinito. O silêncio é infinito. Mais uma vez, sozinho, contemplo a beleza do infinito azul do silêncio, infinito e fatal. Fito o mais longe que a vista alcança e consigo ver o silêncio que me fala, o silêncio que me grita. Consigo ouvir o que me não diz e quase, quase consigo chorar, trespassado pela solidão do silêncio que me assola.

segunda-feira, março 19, 2007

..:: 1 qq aN!V3rSáR!0 ::..

Hoje, tal dia faz um ano.

Hoje, relembro o que um dia julguei ter esquecido – quem julguei ter esquecido.

Recordo o que um dia quis esquecer – quem um dia quis esquecer.

Hoje, um ano após uma data, qualquer coisa que se tenha que celebrar,

Comemoro sozinho a memoria.

Talvez possa comemorar um olhar, o cruzar de uma mirada perdida de encontro á tua pupila dilatada encontrada no meio desse vasto raiar castanho da tua íris, perdida na imensidão dos teus grandes olhos, grandes e profundos olhos. Grandes e profundos e belos olhos teus.

Talvez possa celebrar um abraço, o circundar o teu corpo com os meus braços e deixar-me adormecer no teu regaço, rodeado pelos teus, a apertar-me, a puxar-me ao teu encontro a embalar­.me. eu a sentir a tua pele na minha, colada, estampada, tatuada na minha.

Talvez possa celebrar um beijo, o unir dos nossos lábios, húmidos e carnosos, o saborear da tua língua em mil sabores de paz, êxtase e adrenalina, a dança das nossas línguas, brincadeiras e jogos de encontros e perseguições das nossas línguas vivas nas nossas bocas inundadas em saliva.

Talvez possa comemorar o aniversario de qualquer coisa que nos tenha servido de elo e que um dia nos ligou, nos uniu.


Hoje, tal dia faz um ano…

..:: pR3c!p!t4xÃ0 ::..

Sob a chuva que cai e me chora a alma,

Com esta dor de pensar, no meu caminho de casa,

Fujo deste mundo que me isola e abandona.

Vou para um canto onde possa estar realmente so, rodeado de pedaços de mim.

A chuva que cai e me esmurra o rosto, a chuva que me castiga, escorre-me pela face e deixa leves rastos de sal para trás. Esta precipitação salgada no meu rosto misturada com a doce chuva que me castiga.

Sigo o meu caminho por entre celestes gotas lacrimais que se precipitam e caem a meus pes.

Vou caminhando, tentando evitar cada lágrima que me escorre e me morre.

Com o inundado olhar e liquida a vista, fito a minha mão. Cheia de mortas lágrimas, regada de mortas gotas, que se esvaem entre os dedos, escorrem, e a deixam vazia. A abandonam.

Uma mão. Cinco sentidos. Um corpo. Abandonado. Só.

Finalmente, no meu canto, no meu buraco, do qual nunca devia ter deixado sair este cadáver nem estes epitáfios, encontro os pedaços de mim e do puzzle que fui e sou.

Nunca os vira assim, através destes olhos lavados, inundados pela chuva que la fora cai e me chora a alma.

Talvez, agora, desfocados façam sentido…

sábado, fevereiro 10, 2007

..:: [pRESENTE dO iNDICATIVO] ::..

a vida muda, e que vãos sentimentos deixa para tras...
nada do que foi, passa de memorias e anseios do que nunca será.
tudo o que um dia foi, fui e fomos nao passa agora, alguns momentos apos a despedida, de uma vaga sensação que remói dentro da minha cabeça.
ashes to ashes, dust to dust.
que resta agora, entao, apos o adeus, apos a partida, senão o esquekecimento dakilo k nunca foi,fui e fomos?
que resta agora, entao, senao aguardar no meu solitario canto, o preludio do eskecimento.
que resta agora, entao, senao a minha morte para o passado, para o k deixei e abandonei.. a minha morte para o k eskeci?
resta-me pouco, sem as espectativas do comum mortal,sonhador e crente ou crédulo, num futuro prospero em oportunidades,em sentimentos, em afectos.
Sobra-me o presente, um pálido,insosso,insipido presente do indicativo.
Eu VIVO
Eu RESPIRO
Eu SOU
Eu ESQUEÇO
Eu PASSO, SIGO, MUDO, MUTO, VIVO!
Eu VIVO
Eu TENTO
Eu SOBREVIVO
eu sobrevivo o meu presente do indicativo sem sentidos sem sentimentos Sem sentidos sentimentos!
sobrevivo o meu presente do indicativo...

..:: D!ztâN[See]ya ::..

num sitio k me volta a ser estranho,
deitado numa cama tao estranha como a que outrora me acolheu,
permanexo encolhido,
tentando acumular o calor que inconscientemente vou pedindo e aclamando.
Se me estico,
o espaxo parece-me enorme e a postura confortavel demais.
todas as noites dou por mim a pedir algo impossivel de satisfazr;
pelo menos a esta distancia.
Avivo memorias,
abro feridas.
chagas que vou coçando e,
no desespero dos meus sentimentos,
abrindo ainda mais.
como sao futeis os meus sentimentos
e como os sinto tao futilmente.
infrutiferos sentimentos.
a cada noite a busco.
a cada noite a olfateio a consigo ver e sentir.
Apenas memorias.
memorias de sentimentos impensáveis de sentir.
todas as noites dou por mim a pedir algo impossível de satisfazr;
pelo menos a esta distancia.
talvez peça demais,
talvez queira demais.