segunda-feira, janeiro 31, 2005

como pedaço de papel
cheio de palavras
numa garrafa vazia,
perdida no vasto oceano,
vou naufragando..
deambulando pela vida
perdido nesta vasta vida..

á espera que um dia,
sim quem sabe um dia destes,
alguém me encontre,
me recolha,
me acolha,
me resgate e me leia..
me compreenda..

enquanto, perdido,
sigo sem rumo,
só o horizonte me guia,
repetitivo horizonte,
apenas o sol e a lua mudam,
calmamente me fitam
e vão passando,
indiferentes..

nada lhes ligo,
este vidro que me protege
não me deixa falar ou gritar..
resignado ao meu fado,
sigo, á sorte..
nestes altos e baixos..
nesta tempestade..
será que é desta?

1 comentário:

Anónimo disse...

Á deriva
(na incerteza ondulante da esperança)