Nada, nao me resta nada.
Apenas uma vaga sensação do seu aroma.
Apenas uma restia do seu perfume me recorda o seu ser.
O outrora perfume k um dia invadiu o meu leito desvaneceu-se
evaporou e a ela cheira nao mais.
Agora resta o meu cheiro.
O meu cadavérico cheiro apesta a ausencia, a solidão.
Entranha-se o odor k emana o meu inerte corpo.
Jazo sobre os lençois que um dia, sim um dia, foram coloridos.
Corados de vivas tonalidades. cheirosos. frescos. limpos.
Com cheiros a camomila e detergente.
Do "um dia", agora nada lhes resta.
Apenas os gastos tons o assemelham ao outrora.
Desgastadas tonalidades. Baças. Mortas.
Sujos lençois.
mal cheirosos lençois.
Podres lençois.
Repouso assim a vazia cabeça, cheia dos mesmos pensamentos vazios.
Desesperada cabeça.
Repousa.
Jaz sobre a humida e salgada almofada.
Empapada almofada pelas lagrimas da minha alma,
pela dor da minha solidão.
A cada suspiro solto pelos presos pulmoes
solta-se uma lagrima da encharcada almofada.
Deixa para tras um rasto de solidão.
A cada suspiro liberto pelo morto corpo,
o rasto de dor no leito da morte.
Sinto-me morrer.
Sinto-me perecer.
vitima da mais triste das doenças-
sexta-feira, abril 07, 2006
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